É notório em nosso cenário econômico, os enormes desafios enfrentados pelas empresas brasileiras, sejam elas grandes ou pequenas, dos mais diversos setores. A indústria bem como sua cadeia de importação, precisa estar adaptada e conectada com as tendências que acompanham a evolução do mercado – em relação aos artigos escolares, a competitividade é fator decisivo na escala e sucesso dos negócios.
A proibição do uso de aparelhos celulares nas escolas, fato público e recente, é prova de que qualquer ação junto a estudantes ou equipamentos de educação, apresenta impactos significativos – neste caso, a indústria e os importadores de material escolar, precisam avaliar as possibilidades de conexão junto a este público. Isso se torna cada vez mais relevante, justamente porque o varejo possui o termômetro para esta adaptação que segue em curso.
Desde Janeiro, o Brasil conta com a Lei nº. 15.100/2025, que restringiu o uso de celulares em escolas públicas e privadas. A permissão somente será concedida, para casos específicos de atividades pedagógicas ou para aplicação de conteúdos digitais, entre as principais modalidades. A distração dos alunos, problemas de saúde mental, impacto negativo no aprendizado, entre outros fatores, foram elementos avaliados para a tomada de decisão do Governo Federal, que ainda enfrenta ajustes práticos em sua implementação.
E como todo este processo de aprendizado coletivo pode ser percebido pelas empresas fabricantes e importadoras do setor? As empresas precisam mais uma vez, estarem adaptadas a estas mudanças, avaliando seus custos de produção, refletindo ainda, a adequação às políticas financeiras de câmbio, frete, matéria-prima e demais requisitos. Neste sentido, o estímulo à criatividade e colaboração, são fatores interessantes para o mercado de artigos escolares, que pode vislumbrar nesta oportunidade, estratégias de venda e serviços cada vez mais perenes, sem preocupação com os habituais processos sazonais de vendas no ano.
Surge a necessidade da prática da interação social, que resgata as antigas estratégias de socialização, atraindo consumidores que buscam ferramentas para vivenciar novas experiências, como por exemplo:
Troca de coleções de artigos que remetem à infância – canetas, marcadores, cadernos, blocos de carta, entre outros;
Brincadeiras que estimulam a escrita e o raciocínio, como fator de socialização;
Clube de leitura e desenho;
Aguardaremos atentos os desdobramentos destas adaptações que certamente, poderão produzir efeitos extremamente positivos no desenvolvimento de nossas bases educacionais, fortalecendo jovens e crianças no processo singular de aprendizagem.
Guilherme Bokel Catta-Preta é Vice Presidente do Conselho Diretor da ABFIAE e
Diretor da Summit